Abacaxi

GIF por Dave Hax

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Forma de corte fruta

Sobre

Ananás ou abacaxi é uma infrutescên
cia  tropical  produzida  pela planta de 
mesmo nome, caracterizada como um
a planta monocotiledônea da    família 
das bromeliáceas da subfamília  Bro-
melioideae,e nova participante do gru
po da moranguinho, da subfamília Bro
melioideae. É um símbolo das regiões
tropicais e subtropicais.
Os  abacaxizeiros  cultivados  perten-
cem à espécie Ananas comosus, que 
compreende muitas variedades frutífe
ras.   Há também várias espécies sel-
vagens,   pertencentes ao mesmo gê-
nero. O fruto, quando maduro,  tem  o 
sabor bastante ácido e, muitas vezes, 
adocicado.

Assista o filme



Etimologia

O  termo  "abacaxi"  é oriundo da jun-
ção  dos  termos tupis i'bá (fruto) e ká
'ti  (recendente,   que   exala cheiro a-
gradável e  intenso),  documentado já 
no início do séc. XIX.
O termo "ananás" (em português e es
panhol)  é   do   guarani  e tupi antigo
naná, e documentado   em português 
na primeira metade   do   séc.   XVI  e 
em   espanhol  na  se  gunda  (1578), 
sendo  empréstimo do  por tuguês do
 Brasil ou da sua língua geral.
O abacaxi é um fruto-símbolo de regiõ
es tropicais e  subtropicais, de grande
aceitação em todo o mundo, quer   ao
natural,   quer industrializado:  agrada 
aos olhos, 
ao  paladar  e ao olfato.   Por   essas 
razões e por ter uma"coroa", cabe-lhe
por vezes,o cognome   de "rei dos fru
tos", 
que lhe foi dado, logo após seu des-
cobrimento, pelos portugueses.
Na  linguagem corrente do Brasil, tal 
como em  Angola, costuma-se  desig
nar por "ananás" os frutos de plantas
não  cultivadas,  de  variedades  me-
nos conhecidas ou  de qualidade in-
ferior. Por sua vez, a palavra "abaca
xi" costuma ser empregada não ape-
nas  para designar o fruto de melhor 
qualidade, mas a própria  planta que
o produz.
Na  gíria  brasileira, "abacaxi" signifi
ca "algo  que  não dá bom resultado,
coisa  embrulhada  ou que não pres-
ta". Este fato provavelmente se deve 
a seu visual espinhoso e ressequido
bem como à dificuldade para descas
cá-lo  sem  se  ferir com suas farpas, 
presentes tanto na "coroa" quanto na
própria casca. "Descascar o abacaxi"
uma extensão da mesma gíria, signi-
fica "resolver um problema difícil".
Histórico
O abacaxi já era cultivado pelos indí-
genas em extensas regiões do Novo 
Mundo, antes do seu  descobrimento
pelos europeus. Origina-se da Améri
ca tropical  e subtropical  ( da  região
centro-sul  do  Brasil, nordeste da Ar-
gentina e Paraguai).
Acredita-se  que os nativos do sul do 
Brasil  e Paraguai disseminaram o a-
bacaxi na América do Sul e eventual
mente, acabou por alcançar o Caribe,
a América Central e o México. Sendo
que em 4 de novembro de 1493, Co-
lombo  e  seus marinheiros descobri-
ram  o  abacaxizeiro  em Guadalupe, 
nas Pequenas Antilhas, promovendo, 
a partir deste momento, sua dissemi-
nação pelo mundo e tornando-o uma 
das infrutescências mais apreciadas
no globo.
Os  espanhóis  introduziram  a planta
nas Filipinas, Havaí, Zimbabwe  e Gu
am.   Os  portugueses  introduziram a 
fruta na India em 1550. A planta foi le
vada para Europa pelos Holandeses,
sendo que o primeiro europeu a con-
seguir plantá-la no continente utilizan
do  estufas  foi  Pieter de la Court em 
Meerburg em 1658. Dado as dificulda
des  de  importação  na  época,  e os
proibitivos  custos  de equipamento e
mão  de obra necessários para plan-
tar o abacaxi  em climas temperados, 
a  fruta  virou um simbolo de ostenta-
ção. Eles chegaram a ser usados em
jantares apenas como enfeites, e reu
tilizados  continuamente,  até apodre-
cer.



Características



Fotografia por Dave Hax




O  abacaxizeiro 
é planta semiperene que  alcança um
metro de altura. Primeiramente,  pro-
duz  um único fruto,
situado no ápice; depois, com a rami
ficação lateral do talo, aparecem ou-
tros frutos,  de modo que a fase pro-
dutiva pode prolongar-se  por  vários
 anos. Quando adulto,  é  constituído 
de raízes, talo (caule), folhas, frutos
e mudas. O  sistema radicular, do tipo
fasciculado,  é superficial,  pois a mai
or parte das  raízes fica nos primeiros
15 cm de solo. O talo apresenta o for-
mato de uma clava, relativamente cur
ta e grossa.  As folhas têm  forma  de
calha,  com  espinhos e estão inseri-
das no talo, formando uma  densa  es
piral dextrogira e levogira.
A inflorescência é uma espiga,  for-
mada  de  flores completas cada u-
ma localizada na axila de uma brác
tea. O fruto é com posto, do tipo so-
rose, e resulta da coales cência de 
um  grande  número  de  frutos sim
ples (100 a 200), do tipo baga, de-
nominados frutilhos, os quais estão
inseridos num eixo central, coração
 ou miolo,  em disposição espirala-
da e intimamente  soldados  uns  aos
outros. No ápice do fruto existe um tu
fo de folhas – a coroa –  resultante do 
tecido meristemático apical que a plan
ta possui desde a sua origem. A cone
xão do fruto com o talo da planta é fei
ta através de um pedúnculo.
A casca  do  abacaxi  é  formada pela 
reunião das brácteas e sépalas das flo
res.
Logo  abaixo  da casca,  inseridos  na
periferia de depressões  em  forma de
taça,  podem  ser  encontrados restos
de pétalas e de estames, enquanto de
cada uma dessas depressões apare-
ce um vestígio de estilete. Na superfí-
cie  de  um  fruto  descascado  de um 
modo pouco  profundo,  os  restos  de
estiletes dão ideia de espinhos.Por ou
tro lado,  quando  o descascamento é 
feito de modo mais profundo, a super-
fície mostra-se toda perfurada, por fica
rem expostas as lojas ou lóculos  dos
ovários dos frutilhos.
 Dentro de tais lojas, em se tratando 
de fruto de variedade cultivada, geral
mente  são encontrados apenas óvu-
los  abortados, pois a formação de se
men tes é rara, por serem as flores au
toincompatíveis. Todavia, por meio de
polinização manual com  pólen de ou-
tra variedade, não  é  rara a produção
de duas  mil a três  mil  sementes por 
fruto.
A parte comestível do abacaxi é a pol
pa,  suculenta,  formada  pelas  pare-
des  das lojas dos frutilhos e pelo teci
do parenquimatoso que  os une,  bem
como pela porção  externa  ou  casca
do coração. De acordo com a parte da
planta  em que são produzidas, as mu
das do abacaxizeiro são classificadas
em quatro tipos:
Coroa – muda do ápice do fruto;
Filhote – muda do pedúnculo;
Filhote-rebentão – muda da região de
 inserção do pedúnculo com o talo da
 planta;
Rebentão – muda do talo da planta.
O  abacaxizeiro  é  uma  planta  muito
sensível  ao  frio,  mas resiste bem às
secas.
 Embora seja planta tropical, nos dias 
de sol muito intenso, os frutos podem 
sofrer queimaduras, quando não são 
protegidos.       Pode ser cultivado em 
qual quer tipo de solo, desde que seja 
permeável, isto é,  não  sujeito ao en-
charcame nto;  prefere,  porém,  solos
leves, ricos em elementos nutritivos e 
com pH entre  4,5 e 5,5, ainda  que to
lere aqueles de pH mais baixo. É bas
tante exigente em  nutrientes.
Geralmente,o florescimento natural do
abacaxizeiro ocorre no inverno, por ser 
planta de dias curtos, ou seja,   com a
diminuição do fotoperíodo ou redução 
da temperatura, a gema apical é indu-
zida a produzir uma inflorescência ao
invés de emitir folhas. O comprimento 
do  ciclo natural  pode  variar  de 10 a
36 meses, pois, além de condições cli
máticas, depende da época de plantio
do tipo e do peso das mudas utilizadas
e também das práticas culturais adota-
das.

Cultura

A principal variedade cultivada no mun
do até a década de 1990 é a Cayenne
 (ou Smooth Cayenne). Dá fruto de pol
pa ama relo-pálida ou amarela, rica em
ácidos e a çúcares,  e a planta tem fo-
lhas com poucos espinhos, que se lo-
calizam apenas na base e no ápice. 
No Brasil, a variedade mais   plantada
é a Pérola (conhecida no exterior co-
mo do grupo Pernambuco),  que  pro-
duz fruto de polpa amarelo-pálida, qua
se branca,  de  sabor  bastante doce e 
de baixa acidez; as folhas têm as mar
gens armadas de espinhos.
O abacaxi é considerado o símbolo da
hospitalidade. Para os povos antigos, 
colocar  um abacaxi  do  lado  de fora
das casas  é sinal  de  que  visitantes
são bem vindos.
A cultura racional do abacaxizeiro, a-
pesar de muito rentável, exige bastan
te técnica e  trato. Sua propagação  é
feita por mudas e são exploradas uma
ou duas safras. Muito útil é  o   fato de
que a época de  produção  dos  frutos 
pode   ser   controlada  artificialmente, 
mediante emprego de substâncias quí
micas, tais como o carbureto de cálcio
 e o etephon. Culturas altamente tecni
ficadas podem dar, em cada safra, de
sessenta a oitenta toneladas  de  fruto
por hectare. Naverdade, porém, a pro
dução de  um  abacaxizeiro  depende 
de diversos fatores: clima  e solo; épo
ca de plantio e  de  colheita;  idade da
plantação; variedade;  tipo  e tamanho
da  muda  plantada;  espaçamento de
plantio; tratos culturais; adubação; es- 
tado fitos sanitário.
Modernamente,  o plantio  é feito pelo 
siste ma de linhas  duplas e  na  base 
de 45 a 60  mil plantas por hectare. 
Nos países de abacaxicultura avança
da, usam-se máquinas que, simultane
amente,  são  capazes  de  incorporar
pesticidas e fertilizantes ao solo e, so-
bre ele, distribuir faixas  de  tecido ne-
gro de polietileno, em cima das quais 
é feito o plantio das mudas; além dis-
so,  são  empregados  pulverizadores
capacitados para distribuir, ao mesmo
 tempo, pesticidas e fertilizantes sobre
diversas linhas de plantação,     assim 
como máquinas que possibilitam a co-
lheita de até 12 toneladas de abacaxi 
por  hora.

Moléstias e pragas

No Brasil, as principais pragas do aba
caxi  são a broca-do-fruto (Thecla ba-
silides), a cochonilha    (Dysmicoccus 
brevipes) e a broca-do-talo   (Strymon
megarus), esta de ocorrência no Nor-
te-Nordeste.
Quanto a doenças, a mais grave e de 
de ocorrência generalizada é a fusari
ose ou gomose, causada  pelo  fungo
Fusarium subglu tinans" f. sp."ananas
e que pode provocar grandes   prejuí-
zos. Entre outras doenças importantes
citam-se  a  murcha, causado pelo ví-
rus PMWaV (Pineapple Mealybug Wi
lt-as sociated Vírus) e a podridão-do-
olho, causa do pelo fungo Phytophtho
ra nicotianae var. 
parasítica.
No cenário mundial, algumas espéci-
es de nematoides  figuram como pra-
gas de importância.

Consumo

O abacaxi  pode ser consumido in na
tura ou industrializado, sob a forma de
fatias ou  pedaços em calda, pedaços
cristalizados, passa, picles, suco, xa-
rope, geleia, licor, bebida fermentada, 
vinagre e aguardente. Todavia, os prin
cipais produtos são as fatias ou peda-
ços em calda e o suco.    Com o suco 
do abacaxi, podem ser preparados re
frescos, sorvetes, cremes, balas e bo
los. Como subprodutos da industriali
zação do abacaxi,     obtêm-se álcool,
ácido cítrico (citrato),      ácido málico, 
ácido ascórbico (vitamina C), bromeli-
na  (enzima  proteolítica  que entra na
composição de diversos medicamen-
tos) e rações para animais; do restan-
te da planta, são  aproveitados, indus
trialmente, as fibras e o  amido. O su-
co do abacaxi contém cerca de 12 por
cento de açúcar e 1 por cento de áci-
dos orgânicos   (principalmente ácido 
cítrico);  é  considerado  boa  fonte de
 vitaminas A e B1, bem como razoável 
fonte de vitamina C. 

Produção 

Os principais países produtores de a-
bacaxi, segundo a  Organização  das 
Nações Unidas para a Alimentação e 
Agricultura (2008),  são o Brasil, a Tai
lândia, as Filipinas, a Costa Rica,    a 
República Popular da China, a Índia e 
a Indonésia. Por sua vez, a sua indus
trialização é feita,   principalmente, no 
Havaí; mas Formosa, Malásia,   África
do Sul,  Austrália  e  Costa  do Marfim 
também sobressaem. Os Estados Uni
dos, a Alemanha, o Japão, o Reino U
nido, o Canadá e a França são gran-
des consumidores do fruto industriali-
zado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geo
grafia  e  Estatística (2009), os princi-
pais  Estados  brasileiros  produtores 
de    abacaxi   são    a   Paraíba, com
263 000 mil frutos; Minas Gerais, com
255 756 mil frutos;           o Pará, com 
241 098 mil frutos;         a Bahia, com 
121 127  mil frutos; e o Rio Grande do
Norte, com  120 337 mil frutos.
O nível tecnológico empregado nos 
plantios brasileiros de abacaxi é bas-
tante heterogêneo, com áreas que em
pregam toda a   tecnologia disponível 
(análise de solo,  correção da acidez, 
adubação no  plantio  e  de cobertura,
 tratamento de indução floral,  pulveri-
zações contra pragas e doenças), en
quanto em outras regiões as práticas 
ainda são bastante rudimentares, com 
baixa  produtividade. Outro fato típico 
de abacaxicultura brasileira é o deslo
camento constante das áreas de pro-
dução, devido ao aparecimento de pro
blemas fitossanitários. A grande maio-
ria dos abacaxis produzidos no Brasil
 é destinada ao consumo interno, co-
mo fruta fresca. São Paulo e os esta
dos  do  Sul  absorvem  grande  parte 
das produções de abacaxi da Paraíba,
Minas Gerais e Tocantins.

Maiores produtos de abacaxi

Segundo a Prodetec, o Brasil conquis
tou  o primeiro lugar, em 2008,   com
2,4 milhões de toneladas colhidas de
abacaxi, seguido de Tailândia e Fili
pinas.


Maior abacaxi do Brasil segundo o site
                    Cabeça de cuia.
Abacaxi














Segundo 
Duaine Rodrigues 
do site G1,
maior abacaxi do Brasil foi encontrado
na  cidade  de  Tarauacá.    João Ferreira
da  Silva  percebeu  isso em sua primeira
safra  quando pesou o abacaxi e obteve  o
peso de 25 kg. Desde então  ele não para 
mais  de vender abacaxis,  que   não   sai 
por menos de BRL 25,00.










COTAÇÕES DO ABACAXI

BRASIL

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EVENTOS

COLÔMBIA


VI Congresso Colombiano de Horticultura
Quando: 29-31 outubro 2015
Onde: Campus de Nova Granada, 
Km 2 via Cajica-Zipaquira
Maiores informações 
acesse SCCH ou fale conosco
Telefone: (57-1) 2810411 -0113 a 0116
Endereço: Cra 10 No. 19-45 9th Floor
E - mail: contactenos@asohofrucol.com.co
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YOUTUBE AsohofrucolFNFH

BRASIL

2ª Caravana da Agricultura Familiar
do Paraná. A atividade, promovida
pela Fetraf Paraná e CUT Paraná, 
reunirá centenas de agricultores e 
agricultoras entre os dias 27 e 29 de 
outubro.
Município: Rebouças.
Data: 27 de outubro
Atividade: Debate sobre o “Ano Internacional dos Solos”.
Local: Centro Cultural, Av. Adolfo Stadler, s/n, Centro.
Horário: 9h
 

Referências

http://www.qualidadedesdeaorigem.com.br/
e-tempo-de/abacaxi/
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da lín
gua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. 
Nova Fronteira. 1986. p. 2.
NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: 
a língua indígena clássica do Brasil. São 
Paulo. Global. 2013. p. 326.
Ananás dos Açores - Prove Portugal. Acedi
do em 23 de abril de 2012
"Fruit of The Islands". Pittsburg Magazine.
Colligham, Lizzie. "Curry: a Tale of Cooks 
and Conquerors". [S.l.: s.n.].
Beauman, Fancesca. The Pineapple: King 
of Fruits. [S.l.: s.n.].
ALCÂNTARA, A. S. Vinho de abacaxi. Dispo
nível em http://agencia.fapesp.br/10574. 
Acesso em 16 de janeiro de 2013.
http://www.hortibrasil.org.br/jnw/images/sto
ries/servicodealimentacao/hortiescolha/ficha
dosprodutos/abacaxi_fichadoproduto.pdf
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/a
bacaxi/abacaxi-6.php

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